29 de jun. de 2011

Bandas participantes da Comufranbel deste ano-5ª Parte.

MORBID MIND

Morbid mind é uma banda de death/thrash metal brasileira de pinhalzinho-sc. Formada em janeiro de 2006 por Cleberson brow (vocal)Cristiano severo(bateria)André riovani mior(guitarra base)Igor thiesen(guitarra solo) e Robson farias(baixo).Nao tiveram um inicio muito promissor,no inicio de 2007 a banda encerrou suas atividades como banda cover .Retornaram em fevereiro de 2009 com nova formação,saíu Cristiano severo e Igor thiesen assumiu a bateria,e em seu lugar lucas thomae(lamba)assumia a guitarra e seria o único pois André riovani mior também deixou a banda por questões particulares.Alguns meses depois a banda acabou novamente.Seu retorno se deu no inicio de 2010 quando um jovem baterista ,Rogério Bado teve a idéia de montar uma banda de thrash metal e resolveu chamar Cleberson brow(vocal) e Cristiano severo(agora baixista) para juntar-se a ele e Lucas thomae(lamba)no projeto.Acabou se transformando em mais um retorno da morbid mind,e deu muito certo desde então eles vem em uma grande assençao com muitos shows e aumento de popularidade. No momento além de banda cover estão trabalhando em composições próprias.Tiveram varias influencias, mas as principais são de bandas como Sepultura e Six feet under.



SPASMOS
SpasmoS vem de Caçador/SC,trazendo música,atitude e ideologias de liberdade ,uma viagem sonora que traz elementos do Punk rock,e do ska , a formação começou no verão de 2011 com a idéia de fazer um som que pudesse chegar a todos os ouvidos, o pouco tempo de existência não significa falta de qualidade pois os integrantes já tem algum tempo de estrada tocando em outros projetos da região. A influência vem de sons de bandas como Sublime,Ramones,Raimundos,Catch22,Pennywise,NOFX,Bob marley,S.O.J.A  .As apresentações ao vivo são sempre carregadas de muita energia e interação com a plateia. E já há muitos planos para o futuro como gravar as composições próprias e cair na estrada fazer a galera se divertir por todos os lugarem que passarem.
    A escolha do nome da banda foi um fato curioso, no inicio das atividades havia um festival para tocar e ainda não havia um nome,então foi feita uma lista com os prováveis a serem escolhidos ,haviam bastantes idéias, mas nenhuma com um groove especial,então a votação foi feita e um foi escolhido,um dia antes do festival em uma reunião para acertar os últimos detalhes,um dos integrantes que vou manter o nome em sigilo,disse o seguinte, “Galera eu tenho um problema,quando fico sob pressão,ou nervoso demais...me da uns negócios,tipo uns movimentos involuntários, igual do cara do filme “Os reis de Dogtown”, me da uns ESPASMOS...” a galera riu pra    A banda caramba com a situação,mas riu pra caramba mesmo,e então veio a idéia “está ai um nome legal”,ESPASMOS...as pressas renomeamos a banda pra tocar no festival, e como já existia projetos com esse nome,foi usada a grafia sem o E...ficando SpasmoS, e se vocês querem saber qual integrante que é o personagem da estoria...prestem atenção no show possivelmente ele terá alguns SPASMOS durante a apresentação....




HOMEM CABASSO

Segundo Marco Aton ­­– ouvinte da banda ­­– “Homem Cabasso desafia os limites do conhecido e joga impiedosamente o ouvinte num vórtice de idéias e sentimentos perturbadores! Suas músicas estilhaçam com fina inteligência o espelho da normalidade da nossa sociedade!"                                 Homem Cabasso é uma banda de rock experimental que mistura estilos e sons a fim de obter texturas e apresentar algo novo! Trabalho idealizado por Diego Junges e colaborado por Kafer, Nando, Edi e Pajé. Mas na banda esses nomes estão por trás dos personagens que são mostrados ao público através de fantasias esquisitas.                                                                                                  A banda participou de festivais de composição renomados como o Femucic em Maringá/PR (2008) e o Fejacan em Jacarezinho/PR (2008 e 2009). Ambos dirigidos pelo SESC e a RPC.
Influencias: Mr. Bungle, Tomahawk, Peter Gabriel e Virgulóides.




23 de jun. de 2011

História do Rock Mundial, parte 7. As Pedras que Rolam.

Entretanto, não só do sucesso dos Beatles vivia a Inglaterra. Rolling Stones e The Who são exemplos de grupos que surgiram na década de 60 e que marcaram o rock em muitos sentidos. O verso de uma canção de blues de Muddy Waters – rolling stones gather no moss (pedras que rolam não criam musgo) - dá o nome ao conjunto fundado pelo guitarrista Brian Jones. O vocalista, Mick Jagger, torna-se o líder da banda após a saída de Jones. A influência negra é uma das marcas do grupo, além da sensualidade e uma certa androginia, características da performance de Jagger.


O repertório dos Rolling Stones é um verdadeiro ‘erotikon’ e, se o grande tema de suas canções é a alienação, o assunto certamente é sexo. Não foi por acaso que um de seus maiores sucessos, a música que marcou seu estilo, se chamou ‘(I can´t get no) Satisfaction’, comentário cáustico sobre a impotência do homem moderno. Nos concertos, Mick Jagger costuma rebolar com a malícia de um travesti e manipula o microfone fálico com mil insinuações. Em 1968, os Stones exploram o engajamento político na música Street Fighting Man, influenciados pelas manifestações políticas de massa que emergiam. A música, composta por Mick Jagger e Keith Richards, torna-se hino dos revolucionários e é censurada pela polícia de Chicago.

Diz a canção...: ‘Everywhere I hear the sound of marching, charging feet, boy/Comes summer here and the time is right for fighting in the streets, boy’. – ‘Por toda parte ouço o som de pés marchando, atacando, boy/O verão chegou e a hora é de lutar nas ruas, boy’. (...) E, no final, a canção dos Stones também tende para a solução individual em detrimento da política: ‘But what can a poor boy do/Except sing in a rock´n´roll band/Guess in sleepy London town there´s just no place for a street fighting man’. – ‘Mas que pode um garoto pobre fazer/Exceto cantar num grupo de rock’n’roll?/Pois na sonolenta cidade de Londres, não há lugar para um homem de briga-de-rua.’
A música dos Stones é da mesma época de Revolution, dos Beatles. Esta última também foi composta a partir do contexto político-social de 1968, marcado principalmente pelas manifestações de maio deste mesmo ano. Os críticos passam a analisar Revolution e Street Fighting Man e a compará-las, sendo que consideram a primeira como uma “contra-revolução” e a segunda como a “verdadeira revolução”. Mas, tanto as últimas estrofes da música dos Stones quanto uma declaração de Jagger – “Eles devem pensar que ‘Street Fighting Man’ é capaz de promover uma revolução...Eu bem que gostaria que isso fosse verdade” – demonstram que a idéia dos críticos se baseia em suposições. Outro grupo inglês desta época que merece destaque é o The Who. A banda torna-se um exemplo claro da busca pela sinestesia e a sensualidade nas músicas. Esses dois aspectos são visíveis na ópera-rock Tommy, composta pelo guitarrista Peter Towshend. A música conta a história de um menino que nasceu cego, surdo e mudo – imagem alusiva à repressão social dos indivíduos. Os pais do garoto o levam a médicos e até a milagreiros, até que um dia ele passa por uma experiência psicodélica e tem seus sentidos liberados. Já foram realizadas várias encenações para a apresentação da história de Tommy. O refrão cantado por Roger Daltry em tom de súplica, ‘See me, feel me, touch me, heal me’ é um apelo em favor da abertura das percepções, do descondicionamento, da libertação dos sentidos. Nota-se na frase uma superposição dos diversos ‘modos’ sensoriais.” 
A performance do The Who foi o ponto que mais caracterizou o grupo inglês, um dos primeiros a destruir instrumentos no palco (não se esquecendo dos rituais de Hendrix com a guitarra). Este costume, que se tornou comum em muitas bandas de rock que despontariam anos depois, tem explicações antropológicas. Segundo estudiosos das manifestações culturais de antigas tribos, a raiz desta atitude dos artistas de rock está no potlatch.

O potlatch é uma prática das sociedades primitivas que consiste na troca ou destruição de bens pelos chefes do clã ou da tribo. O líder afirma com esse gesto sua independência, mostrando maior capacidade de retribuir do que de receber. (...) desafia assim os chefes de outras tribos a negarem, como ele, a riqueza, recolhendo desse ato de aparente autodestruição um prestígio político imenso, e reforçando sua imagem junto aos seus. 
A destruição nos palcos era aceita pelo público, o que caracteriza uma nova forma de comunicação entre a banda e a platéia de seus shows. O grupo inglês passou a infundir uma nova atitude para o rock, que o tornou mais pesado e sofisticado – o que se convencionou chamar hard rock.
Sob esse novo contexto, registra-se o surgimento de guitarristas herdeiros do virtuosismo de Hendrix, como por exemplo Eric Clapton e Jimmy Page, ambos fortemente influenciado pelo blues. 
Em fins de 1960, Clapton ingressou no Cream. Como o próprio nome indica (“creme”), a preocupação era com a elaboração instrumental, ou seja, muitas melodias e solos de guitarra bem trabalhados; o grupo alcançava os níveis sonoros de uma orquestra apenas com o som de estúdio. O Cream teve grande repercussão, sendo que em 1968, o LP Disraeli Gears era o mais vendido nos Estados Unidos.
Jimmy Page tocou incialmente com The Kinks e Joe Cocker. A convite de seu amigo, o também guitarrista Jeff Beck, integra o Yeardbirds (que posteriormente se transformaria no Led Zeppelin, nos anos 70). Essa banda caracterizou-se pela presença de grandes guitarristas (Eric Clapton também havia tocado neste grupo). Page influenciou muitos guitarristas que surgiram nas décadas seguintes e também se utilizava das escalas de blues para compor músicas de rock.Ainda antes da virada 1960/1970 se firmar como a época de novas revoluções musicais, acontece a sagração da contracultura: o festival de Woodstock, entre os dias 15 e 17 de agosto de 1969. Após os acontecimentos políticos de 1968, o festival representou a convergência cultural do movimento hippie. Em um grande campo aberto em White Lake, New York, cerca de 500 mil pessoas viveram três dias de “paz e música”, embaladas pelo som dos maiores artistas de rock da época.
 
O ingresso para um dia de Woodstock custava 7 dólares, mas a maioria do público quebrou as cercas e entrou sem pagar nada. Joan Baez, Janis Joplin, Jimi Hendrix, The Who, Grateful Dead, Joe Cocker, Jefferson Airplane, Iron Butterfly, Creedence Clearwater, entre outros, se apresentaram a uma multidão que aguardava o sonho hippie ser concretizado. Na realidade, os que vivenciaram os três dias de festival, “saíram de lá sentindo-se ungidos de santidade, como seres privilegiados de outro planeta, superior”. O evento foi documentado em um filme de mais de três horas de duração, dirigido por Michael Wadleigh.

20 de jun. de 2011

Comufranbel promove ação em favor da Santa Aliança.


A segunda edição do evento cultural e beneficente Comufranbel Rock City acontece no próximo mês. Este ano os organizadores do evento promovem dois dias de entretenimento em atos de ação social, programados para os dias 9 e 10 de julho no restaurante do Parque de Exposições Jayme Canet Júnior, está previsto a apresentação de mais de vinte bandas de rock, algumas delas, queridas e conhecidas aqui de nossa região, mas a novidade deste ano está na participação de grupos de outros estados.
Adelir Lino, Tatiane Marchitto e Jéssica Dias, organizadores da Comufranbel, decidiram escolher uma instituição por vez para ser assistida. A intenção é direcionar a atenção a todas as necessidades da entidade, e a partir de informações mais detalhadas, conseguir promovê-la de forma que conquiste apoio, constância no comprometimento por parte dos que abraçarem a luta filantrópica da mesma. Foi a partir de pesquisas e muitas reuniões que a organização do evento optou por iniciar o novo projeto com a ONG Santo Aliança, o critério foi a urgência por ajuda. Como a organização Comufranbel este ano não buscou patrocinadores, estará vendendo passaportes no valor de R$ 10,00 mais um quilo de alimento não perecível, que dará direito aos dois dias do evento. O dinheiro arrecadado e os alimentos (arroz, feijão, macarrão, farinha de trigo, óleo de cozinha, leite de caixinha), serão destinados a entidade escolhida. Os pontos de venda das entradas, bem como de coleta dos alimentos serão divulgados a partir da semana que vem, entretanto o Studio Beauty Hair já está recebendo os alimentos. O objetivo desta entidade é dar assistência a adolescentes e jovens entre 12 a 18 anos a partir do bom desenvolvimento familiar e escolar, estimulando-os a auto afirmação, onde seguros de si, dos seus ideais, passam a buscar uma projeção social sem alimentar sentimentos de exclusão, incapacidade dado a vulnerabilidade financeira, entre outros problemas que passam junto a suas famílias. A história da ONG Santa Aliança surgiu aproximadamente há 15 anos atrás, pela iniciativa de Ênio Chiapetti, antropólogo, e sua esposa Márcia Chiapetti, presidentes da instituição. O intuito desde o início foi retirar as crianças das ruas e lhes apontar perspectivas de uma vida melhor através da cultura e trabalho, resgatando-as para o universo escolar a partir da arte, música, técnicas de aprendizagem que as fazem gostar do estudo e retornar a escola, fazendo-as buscar  um futuro promissor.



Com o passar dos anos O Santa Aliança foi ganhando força, hoje conta com o apoio da Prefeitura Municipal e colaboradores como a Sadia, Panificadora Liciane, Deterbel, responsáveis em manter parte da alimentação destes jovens, bem como a continuidade da ONG. Os motivos maiores de dificuldades são ocasionados por falta de participação comunitária, voluntariado.
É justo no sentido de difundir o valoroso trabalho da ONG, na vontade de chegarmos a você que de alguma forma deseja contribuir com a mesma, que lhes trazemos o propósito da 2° edição da Comuframbel Rock City.



 Segundo Edelena Toniazze, coordenadora da Santa Aliança, o espaço físico da entidade tem capacidade de receber 60 alunos por turno, mas hoje conta com a freqüência de apenas 20 jovens, e mesmo iniciando seu expediente as 9h da manhã, de segundas as sextas-feiras, a ONG tem se obrigado a desenvolver suas atividades a partir das 12 horas, com o almoço, seguindo com sua programação até as 17h, tudo pela falta de colaboradores, "a participação voluntária é importante para o desenvolvimento das atividades", comenta ela. Mas mesmo enfrentando estas dificuldades, a ONG ainda consegue promover atividades como arte circense, dança, futebol, temas transversais, aulas de antropologia, cursos de informática, consultoria, etiqueta, aulas de reforço escolar, além de oferecer assistência psicológica. Os alunos também são beneficiados com o programa ProJovem, e a parceria com a UPMO.


Fonte: Jornal de Beltrão http://www.jornaldebeltrao.com.br/regional/noticias/64143/

17 de jun. de 2011

História do Rock Mundial, parte 6. Invasão inglesa.


Antes da história continuar na América, é preciso se deslocar para a Inglaterra. Desde o início da década de 1960 o país apresentava uma movimentação no cenário do rock, bandas se apresentando nos pubs (bares) londrinos. Neste contexto, os jovens protestavam contra a corrida nuclear e o passado histórico do país justificava as manifestações desta geração: “...os ingleses tinham a II Guerra, o colonialismo, o espírito vitoriano e outras imagens e culpas da História que pareciam alimentar muito mais a produtividade musical...”.
Musicalmente, era comum entre os artistas britânicos a referência ao skiffle, um ritmo de percussão baseado nos sons de instrumentos improvisados.
Assim como na América o consumo foi supervalorizado no início da história do rock’n’roll, este também o foi na Inglaterra a partir de 1960 e mais uma vez o cinema procurou retratar esses valores. Nesta época foram produzidos os filmes da série James Bond, em que o personagem é um espião perseguindo seus objetivos a qualquer custo. 
A classe que ascendeu na Inglaterra foi a operária, que finalmente, sob a influência do blues, deu os primeiros passos para o surgimento de importantes grupos de rock. Inclusive, uma cidade operária – Liverpool - foi o berço de uma das principais bandas da história do rock – e talvez a principal: The Beatles.
O Submarino Amarelo
No início de 1956, John Lennon formou o conjunto The Quarrymen, que nada mais era do que uma reunião informal de amigos. O grupo se estabilizaria em 1960, com Paul McCartney e George Harrison como guitarristas, Stu Sutcliffe no baixo e o baterista Pete Best.
Neste mesmo ano, The Quarrymen deixa de existir; em seu lugar, surge uma “banda profissional de rock’n’roll’, os Beatles. O nome foi uma combinação da palavra beetle (besouro) com uma expressão comum à época para o rock: música beat. A referência aos insetos foi uma homenagem ao grupo de Buddy Holly, chamado Crickets (grilos). 
Em 1962, os Beatles foram tocar em Hamburgo, Alemanha, quando encontraram o baterista Ringo Starr, que tocava com os Hurricanes. Pouco tempo depois, ele substituiria Pete Best.
Finalmente em agosto deste mesmo ano, o grupo entraria nos estúdios de Abbey Road para a gravação do primeiro compacto da banda, com as músicas P.S. I Love You e Love me Do. Nesta época, Stu Sutcliffe havia deixado os Beatles e Paul tomou a posição de baixista do grupo. Com o segundo single, Please Please Me, os Beatles alcançaram o topo das paradas britânicas. A esta altura, Brian Epstein já era o empresário da banda; sua disposição e talento em vender a imagem do grupo o transformaram no “quinto beatle”.
Em 1963, apenas um ano depois do primeiro lançamento dos Beattles, a Beatlemania eclodiu na Inglaterra. Brian Epstein e o produtor George Martin, da EMI, decidem partir com a banda para os Estados Unidos, cientes da popularidade do grupo. Em 1964, os Beatles conquistam a América com I Want to Hold Your Hand. A apresentação da banda no programa de televisão de Ed Sullivan – o mesmo que tinha lançado Elvis Presley – foi a alavanca para que a mídia norte-americana passasse a publicar matérias sobre os “Fab Four” (como eram conhecidos).

Ainda neste mesmo ano, os Beatles lançam seu primeiro filme, A Hard Day’s Night, em que representam a banda sendo perseguida por uma legião de fãs fanáticas. A trilha sonora do filme trouxe canções como Can’t Buy me Love e a romântica And I Love Her – a primeira de uma série de baladas de Paul McCartney.

Durante os shows dos Beatles, quase não se ouvia suas músicas, devido à quantidade de garotas que gritavam histericamente pelos músicos. A partir de 1965, o grupo passou a se preocupar mais com as composições, deixando o amor romântico de lado e empenhando-se em explorar outros temas. O disco Rubber Soul, lançado neste mesmo ano, marca o amadurecimento da banda, visível na crítica social de Nowhere Man ou nas referências abstratas de Norwegian Wood, entre outras composições deste disco.


O ano de 1966 marca a primeira experiência dos Beatles com o LSD (até então, a maconha era a droga mais consumida). Revolver, lançado neste ano, confirmou a mudança de direção que apenas havia sido esboçada no álbum anterior. George Harrison aparece como um compositor importante, colocando suas referências à música indiana, como o som de cítara em Love to You. Neste disco, a dupla de compositores Lennon-McCartney praticamente se desfez, na medida em que o vocalista geralmente era o autor da canção que interpretava.


Junto com a mudança de rumo da banda, também veio a decisão de parar com as turnês. Com mais tempo livre, cada beatle resolveu se isolar por um tempo. Nesse meio tempo, John Lennon conheceu a artista plástica Yoko Ono, George Harrison viajou Índia, Paul McCartney voltou a estudar artes e Ringo Starr saiu de férias. 


Em 1967, eles se reuniram novamente para a produção do álbum que mudaria definitivamente os padrões do rock’n’roll: o experimental Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band.

Apropriadamente chamado de cabaré alucinatório (...) o álbum dá a idéia de um concerto o vivo – o barulho de público e a faixa título introdutória são seguidas pelo resto das canções, por um refrão final de Sgt. Peppers, e o bis, ou epílogo, A Day in the Life.
Na verdade, este álbum foi concebido como a materialização de uma fantasia dos quatro integrantes da banda, que introduziram elementos artísticos inovadores em cada uma das canções. Ele foi composto como uma colagem, em que o trabalho do produtor George Martin foi fundamental para tornar possível as experimentações sonoras pretendidas pelos Beatles. Na música A Day in the Life, por exemplo,a banda quis introduzir no final uma nota audível somente pelos cachorros; realmente, fica a impressão de um espaço “vazio” quando se escuta esta música. A capa de Sgt Pepper’s também demonstra o experimentalismo pretendido pelo grupo; personagens admirados pelos Beatles, como Karl Marx, Jung, o Gordo e o Magro, William S. Burroughs, Aldous Huxley, amigos como Dylan, Sutcliffe e os Rolling Stones, povoam a colagem de um retrato acima de um jardim de maconha (imperceptível aos executivos da gravadora).

Em agosto de 1967, os Beatles são atraídos pela meditação transcedental do guru indiano Maharishi Mahesh Yogi. Enquanto eles buscavam por uma regeneração espiritual, recebem a notícia de que Brian Epstein havia morrido, por excesso de remédios para dormir –esse fato foi como um presságio para a dissolução da banda poucos anos depois.
Com a perda de Brian Epstein – e influenciados pelos conselhos do Maharishi - os Beatles passaram a se preocupar com os negócios da banda pessoalmente. Com uma idéia de Paul, decidem lançar o filme The Magical Mistery Tour, sobre uma viagem psicodélica em um ônibus. No entanto, nem o filme, nem a trilha sonora tiveram sucesso; muitos críticos consideraram a empreitada uma “bomba promocional”. Alguns dos poucos números bem recebidos pela crítica foram I am the Walrus, Fool on the Hill e a canção título.

Em 1968, os Beatles se encontram novamente com o Maharishi; eles partem com uma comitiva para a Índia, mas não ficam por muito tempo. O interesse do guru indiano por autopromoção logo veio à tona, e os Beatles compuseram a canção Sexy Sadie, em alusão a essa decepção: “’Sexie Sadie, what have you done/You made a fool of everyone’ (Sexie Sadie, o que você fez/você fez todo mundo de idiota)”. 
De volta para a Inglaterra, a banda resolveu se dedicar à expansão dos negócios da Apple, a empresa que haviam fundado em 1967 para cuidar do marketing dos Beatles. O primeiro projeto desta companhia foi um desenho animado baseado em uma composição de 1966, Yellow Submarine; o resultado se mostrou uma “festa colorida para olhos e ouvidos”.


Em novembro deste ano, o primeiro disco da Apple foi lançado; as trinta canções do White Album, como ficou conhecido, foram acomodadas em um álbum duplo. Depois do desastre de Magical Mistery Tour, este lançamento representou o melhor momento dos Beatles após a morte de Epstein. Helter Skelter, While my Guitar Gently Weeps, Ob-La-Di,Ob-La-Da, Blackbird e Piggies, entre outras, são algumas das canções deste disco, marcado por diversidades estilísticas. No entanto, apesar deste bom momento musical, internamente as coisas não andavam muito bem.
Cada vez mais os integrantes dos Beatles se afastavam um dos outros, dedicando-se mais aos seus projetos individuais. Assim, após o lançamento de White Album, a tentativa de realizar um projeto grandioso para o ano de 1969 – batizado de Get Back - não deu certo. O projeto começou em janeiro, mas as gravações foram abandonadas no dia 30, quando os Beatles promoveram um show no telhado prédio da Apple. - a última apresentação dos Beatles. O compacto Get Back/Don’t Let Me Down, com os resquícios da gravação, foi lançado em abril deste ano, para agradar aos fãs.
O casamento de Lennon com Yoko Ono e MacCartney com a fotógrafa Linda Eastma, em março de 1969, foi sintomático do individualismo que se instaurou entre os membros da banda, já que refletia o desejo de cada um por interesses pessoais. Mesmo em meio a esse “clima de separação”, Abbey Road é lançado pela EMI, constituindo um fenômeno de vendas. 
Quando Abbey Road chegou às lojas, os Beatles já não eram uma banda; cada integrante estava mais envolvido com seus projetos solo e haviam rejeitado a proposta de uma turnê norte-americana. Como a banda ainda precisava cumprir seu contrato com a EMI, algumas canções do antigo projeto Get Back foram transformadas no disco Let it Be, que nem sequer foi produzido por George Martin. Este disco continha apenas dez músicas e representou o “amargo” fim dos Beatles, que foi anunciado oficialmente em 1970.

15 de jun. de 2011

Bandas participantes da Comufranbel deste ano-4ª Parte.



..MÁQUINA 74, a maior e melhor banda de tributo ao AC/DC, do Oeste e Sudoeste do Paraná, nos proporciona mais uma oportunidade, para vê-los ao vivo, na maior festa em comemoração ao Dia Mundial do Rock e aniversário da comunidade virtual, Francisco Beltrão, nos dias 9 e 10 de JULHO, no Restaurante do Parque de Exposição. Veja o video e imagine-se na 2ªComufranbel Rock City.





...18 anos se passaram. Hoje, Chumbo Dirigível, é considerada a maior banda de Rock em Francisco Beltrão. Impossível falar-se em Rock 'n Roll, sem citá-los. Sua presença já está confirmada, na maior festa em comemoração ao Dia Mundial do Rock e aniversário da comunidade virtual, Francisco Beltrão, nos dias 9 e 10 de JULHO, no Restaurante do Parque de Exposição.

5 de jun. de 2011

Bandas participantes da Comufranbel deste ano-3ª Parte.

KEEP WALKING ROCK 'N ROLL
     
    A Keep Walking Rock’n Roll, formada no final de 2010, apresenta um repertório arrojado, unindo clássicos do rock com músicas contemporâneas. Bandas como Lynyrd Skynyrd, Pink Floyd, Rush, Led Zeppelin, Pantera, Jimi Hendrix, compõem o repertório do grupo.
Os cinco integrantes buscam aprimorar cada vez mais a sonoridade em performances ao vivo. O som forte e vibrante da K.W é preparado para festa e bares com o objetivo de atuar de forma eletrizante junto ao público do Rock. A banda surgiu pela afinidade musical e pelo compromisso que cada um tem de desempenhar um papel importante no universo da música
Vocal - Lucas

Guitar - Thyago
Guitar - Will
Bass - Rob
Drums - Restelli


 


2 de jun. de 2011

História do Rock Mundial, parte 5. Dá licença, me deixa beijar o céu?

Na década de 60, as roupas coloridas, cabelos compridos e o “flower power” tomaram conta da América, mais especificamente da Califórnia, com o movimento hippie. Movidos pelo slogan “paz e amor”, esses jovens que se entregaram à ideologia do pacifismo, do amor livre e das “viagens” de LSD representaram um movimento importante para a contracultura: “o movimento hippie vai construir suas comunidades em meio a um clima astrológico que previa (...)o advento de um novo mundo”.
Eles esperavam pela “Era de Aquário” em meio à busca pelo prazer: “...não havia lugar para a injustiça social, a degradação da natureza e a opressão humana.”

Neste contexto, acontece o Festival de Monterey, em 1967, quando surge uma nova estrela que teria seu nome gravado na história do rock: Janis Joplin. Essa cantora branca do Texas, que passou a adolescência ouvindo cantoras negras de blues como Bessie Smith e Billie Holliday, “aos 17 anos abandona a família para cantar em troca de bebida nos bares de beira de estrada, seguindo a trilha errante dos cantores de blues”.


A voz rouca de Janis e sua interpretação nos palcos a tornaram uma das cantoras mais sensuais de todos os tempos; uma de suas frases confirma essa característica, mas também demonstra a sua dor ao lidar com as pressões da carreira: “Faço amor no palco com 25 mil pessoas e depois vou para casa sozinha” 

Outro importante artista que deixou seu nome marcado como um dos maiores guitarristas de rock foi Jimi Hendrix. Influência para muitos outros que vieram nas décadas seguintes, Hendrix inaugurou o virtuosismo nas canções de rock; o uso de tecnologia para a distorção de sons, apresentações de contorcionismos com a guitarra e o visual extravagante foram marcas registradas deste astro do rock.


...Seu relacionamento quase sexual com a guitarra se assemelha à dança de acasalamento de uma espécie estranha, de uma raça interplanetária. Além das contorções corporais, Jimi joga com as distorções sonoras, arrancando notas incríveis da guitarra, envenenada por uma quantidade de novos recursos eletrônicos.

No início, Hendrix formou o The Jimi Hendrix Experience, mas sua carreira se consolidou realmente como artista solo, acompanhado, muitas vezes, por outros músicos. Uma de suas canções mais conhecidas, Hey Joe, conta a história de um marido que mata sua esposa; essa música, inclusive, foi regravada nos anos 90 por uma banda brasileira, O Rappa.


The Doors foi outro grupo que surgiu em 1967 e teve uma curta, porém marcante carreira. Jim Morrison, vocalista e líder da banda, mostrava grande sensualidade no palco. Um dos interesses de Morrison, que também havia estudado técnicas cinematográficas em Los Angeles, era o xamanismo, antiga religião asiática. No dicionário, xamã significa “sacerdote mágico, que entra em transe”, e essa descrição é adequada à postura de Jim Morrison. A música The end, do mesmo disco da clássica Light my Fire, foi incluída no filme Apocalipse Now, de Francis Ford Copolla.


Uma possível explicação para o nome The Doors a inspiração da banda no livro de Aldous Huxley, de 1954, The doors of perception, o qual se relacionava às sensações provocadas pelo uso de drogas. Como explica Muggiati (1973), artistas como Jim Morrison buscavam o efeito da sinestesia em suas canções – “o estímulo que atua sobre um canal sensorial parece evocar imagens de outro canal tão prontamente como se fossem sensações do mesmo ‘modo’”. Para isso, as drogas exerciam papel fundamental: “naqueles dias a vida ou corria muito rápida (como quando se rebobinava um filme) ou então tudo parava, no torpor das drogas (como em câmara lenta).”

...Ainda houve muitos outros grupos que caracterizaram o rock de São Francisco, influenciado pela cultura dos hippies e, conseqüentemente, pelo psicodelismo. Entre eles, The Grateful Dead, Buffalo Springfield, The Byrds, The Mamas and Papas (autores da clássica California Dreamin’), Creedence Clearwater; mas um que merece destaque é o Jefferson Airplane. 



Como explica Muggiati (1973), o grito de guerra do Jefferson Airplane, liderado pela vocalista e compositora Grace Slick, era Feed your head! (Alimente sua cabeça). Isso demonstra uma das características do rock desta época, que, além de ser chamado de acid rock (rock-ácido), também ficou conhecido como head-music (música de “cuca”, ou de “curtição”).

Entretanto, em 1970, as mortes de importantes representantes do acid rock abalaram a ligação entre a música e as drogas: Jimi Hendrix é sufocado com seu próprio vômito, depois de uma intoxicação de barbitúricos e Janis Joplin é encontrada em seu quarto, vítima de overdose de heroína. No ano seguinte, Jim Morrison morre devido a uma parada cardíaca. Os três formaram a chamada “Santíssima Trindade Trágica do Rock”, como compara Muggiati, e marcam uma época de transição - a partir de 1970, o rock sofre uma nova mutação.

Bandas participantes da Comufranbel deste ano-2ª Parte

FIVE LINES